Bem... verdade é que não tenho nenhum segredo para contar, a existir eu não conheço nenhum. Existem sim boas práticas que devemos ter sempre em atenção.
1) Instalações
Antes mesmo de adquirir qualquer ave, temos te
ter condições para os ter.
Não falo em instalações luxuosas, mas sim
que reúnam as condições necessárias para acomodar os nossos
animais.
Um galinheiro mau, consome a energia das aves
por terem de se defender constantemente
das adversidades climatéricas, energia essa retirada ao
crescimento e produção de ovos, além disso produz doenças e
baixas indesejáveis.
1.1) Localização
Os galinheiros devem ser construídos de modo
a ficarem abrigados dos ventos dominantes, mas não demasiado fechados.
Optar por um terreno de areia e se possível na parte mais alta
da herdade, de modo a evitar que se acumulem humidades nocivas. A humidade
é um dos mais terríveis inimigos das aves e deve-se prevenir contra ela a todo
o custo.
1.2) Orientação
O galinheiro deve ser construído virado para sul nas
regiões frias e nas regiões mais quentes virado para nascente. A ideia é que o
sol penetre bem pelo galinheiro, mas que não seja demasiado quente no Verão.
1.3) Dimensões
Esteja ou não o galinheiro anexado a um parque aberto,
é importante que seja suficientemente amplo para que as galinhas possam
permanecer nele nos dias de chuva ou dias extremamente frios. Galinheiros onde
as galinhas estão permanentemente, não podem ser demasiado pequenos pois dificulta a manutenção e prejudica a própria saúde dos nossos animais.
Muitas
das vezes, o gosto pela variedade leva-nos a ter inúmeras raças, e vamos
dividindo os galinheiros cada vez mais... Pense bem quantos animais pode ter de
acordo com o seu espaço e tempo disponível.
2)
Vacinação
As vacinas são muito úteis, mas como foram
desenvolvidas a pensar nas grandes explorações de galinhas de aviário, algumas
ficam simplesmente inacessíveis aos criadores lúdicos, outras são demasiado
caras, outras até inapropriadas para as nossas galinhas de raça e o nosso modo
de criar.
Por isso recomendo simplesmente o uso da Ma5 +
Clone 30 (Vacina para prevenção da bronquite infecciosa e doença de newcastle), esta vacina pode ser usada em galinhas de todas as idades, e
seguindo um plano vacinal desde pintos consegue-se uma óptima taxa de sucesso e os animais crescem muito mais livres de problemas.
O esquema e método de administração pode variar
de acordo com a situação local, por isso recomendo a consulta de um médico
veterinário, ele também poderá realizar a encomenda da vacina por nós.
3)
Higiene e desparasitação
Uma
limpeza regular dos galinheiros é fundamental para evitar acumulação de dejectos;
estes libertam grandes quantidades de dióxido de carbono, aumentam a
humidade no galinheiro, atraem parasitas e são potenciais causadores de doenças
como a coccídiose.
Um
problema que todos nós já enfrentámos são os parasitas; os piolhos por exemplo, não só enfraquecem os animais sugando-lhes o sangue como são responsáveis pela
propagação de grande parte das doenças.
Não por eu comercializar, mas porque uso com grande sucesso, tenho mesmo que recomendar o uso de terra de diatomácea para manter os galinheiros higienizados e livres de parasitas; trata-se de um produto sem químicos, que danifica a estrutura dos parasitas, desidrata-os ou morrem por simples ingestão; para alem do mais não fica restringido a desparasitante, na verdade tem um largo leque de aplicações, e posso assim poupar numa serie de coisinhas que absorviam muito do meu dinheiro.
Não por eu comercializar, mas porque uso com grande sucesso, tenho mesmo que recomendar o uso de terra de diatomácea para manter os galinheiros higienizados e livres de parasitas; trata-se de um produto sem químicos, que danifica a estrutura dos parasitas, desidrata-os ou morrem por simples ingestão; para alem do mais não fica restringido a desparasitante, na verdade tem um largo leque de aplicações, e posso assim poupar numa serie de coisinhas que absorviam muito do meu dinheiro.
Devo dizer que não sou nenhum defensor incondicional do biológico, mais do que
realmente funciona. Acredito que em certas situações o uso de um desinfectante anti-bacteriano pode acrescentar valor nas nossas acções, principalmente nas
instalações de criação dos nossos juvenis, ou instalações demasiado
fechadas ou pequenas, locais onde o desenvolvimento de bactérias pode ser mais
intenso. Também é aconselhável sempre que se tenha um foco de doença; a carga
bacteriana nos galinheiros desce, facilitando a recuperação das aves.
Outra prática por aqui utilizada é a prevenção contra a coccidiose; neste caso utilizo o Baycox, desenvolvido particularmente para o efeito.
Prevenção dos pintos com mês e meio e repetindo de três em três meses.
Outra prática por aqui utilizada é a prevenção contra a coccidiose; neste caso utilizo o Baycox, desenvolvido particularmente para o efeito.
Prevenção dos pintos com mês e meio e repetindo de três em três meses.
4) Alimentação
e suplementos
Na primeira exposição que participei, estava em
conversa com o Juiz, quando ele me disse algo que ficou gravado para sempre:
« - Grande parte da genética tem a ver com o que lhes passa pelo bico.»
A mural a tirar é que apesar de ser fundamental adquirir aves de qualidade, o que faremos delas depende só de nós, e grande parte está na alimentação que lhes é fornecida. Os cereais são muito bons, mas por si só insuficiente visto
serem pobres em proteína, por isso devem ser acompanhados sempre por uma ração
equilibrada. Nas ditas raças de campo, tipo a Pedrês Portuguesa é possível
manter os adultos só à base de cereais, mas mesmo assim é importante que
andem realmente a campo, aliás, não há melhor suplemento para qualquer galinha
do que um bom espaço verde para elas pastarem.
À parte disso, por aqui gosto de dar uns mimos, principalmente aos pintos que se encontram sempre mais fechados; desde um pouco de ração molhada, o tenébrio, ou legumes cosidos tudo vale para lhes dar uma vitalidade extra.
Voltando ao verde... É fundamental que a partir de um
mês de idade seja fornecido aos animais um suplemento de verduras, se não há a
possibilidade de pastarem, então teremos de ser nós diariamente a introduzir no galinheiro.
Agora atenção, alguns alimentos são perigosos para as
galinhas, mesmo tóxicos: açúcar, chocolate, alimentos ácidos
(citrinos, tomate,…), alimentos com mofo, casca de batata crua... Estes são
alguns, dos alimentos a evitar.
Nota: Fica sempre muito por dizer, mas esta partilha tem como único objectivo dar a conhecer ou relembrar algumas questões que eu considero mais relevantes…cabe a cada um utilizar as melhores práticas de acordo com as suas possibilidades e ideais.
Que haja sempre vontade de todos em partilhar; pessoalmente estarei sempre disponível para conversar para eu próprio continuar a aprender .
Que haja sempre vontade de todos em partilhar; pessoalmente estarei sempre disponível para conversar para eu próprio continuar a aprender .